Análise de dados para o terceiro setor: desenvolvendo uma nova cultura

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Quem nunca participou de alguma discussão sobre como o Google e o Facebook sabem tanto a nosso respeito? Não são apenas essas grandes empresas de tecnologia que possuem acesso aos nossos dados ou que podem fazer algo com eles. Empresas diversas estão investindo na análise de dados para oferecerem serviços mais atraentes e o terceiro setor também tem muito a ganhar com isso. Muitas organizações já investem em plataformas de CRM para gerenciar o relacionamento com doadores. Há uma considerável quantidade de plataformas de doação ou processamento de pagamentos que conseguem oferecer dados sobre quantidade e perfil dos doadores.

Ainda há muito a ser desenvolvido e algumas organizações estão justamente procurando colocar o tema em evidência. Para ajudar a preencher a lacuna, o movimento de ciência de dados para o bem social (DSSG) há anos vem trabalhando a questão de dados sobre temas sociais importantes – como infraestrutura de saúde, informações escolares e qualidade do ar – disponíveis para organizações ​​e ao público. Grandes empresas de tecnologia como Facebook, Google, Amazon e outras começaram recentemente a abraçar o movimento DSSG.

À medida que as empresas de tecnologia se envolvem cada vez mais com o uso de dados para cooperar com o terceiro setor, é importante entender as possibilidades e limitações dessas organizações e de outras da sociedade civil com as quais estão trabalhando.

Devemos fazer perguntas como: Que incentivos ou impactos existem para que o terceiro setor obtenha resultados a partir da análise de dados em seu trabalho?

Preencher essas lacunas torna possível a criação de uma cultura de análise de dados onde cada vez mais profissionais da área ofereçam estratégias para transformação social e assim cooperem com essas organizações a tomarem decisões responsáveis com base em dados.

Um exemplo é a recém divulgada estratégia da Gerando Falcões. A partir de um investimento da XP estão criando um varejo social que une o reaproveitamento de estoque de bens inutilizados de diversas pessoas ou empresas, oferecendo à famílias de baixa renda a um valor aproximadamente 40% inferior. Com este trabalho concluído eles passam a não depender 100% de suas doações. Para isto contam com uma equipe de análise de dados e tecnologia robusta trabalhando a todo afinco para que esta estratégia saia do papel.

“A junção do uso de dados com o conhecimento de negócio é elemento essencial para gerar impacto. O mais interessante é que funcionários acabam trabalhando de forma mais inteligente e eficiente por terem um propósito claro. Foi o que percebemos ao longo dos projetos que estamos realizando.” relata Paulo Angerami, CEO da Zeta – Dados para Resultados.

Existem muitos recursos que empresas de tecnologia podem usar a partir de dados para projetos de impacto social. É importante encurtar esse acesso e para isso é fundamental continuar com o financiamento de projetos. Investimentos vão desde o treinamento e educação de seus próprios funcionários até à mentoria de profissionais de dados aos gestores na tomada de decisões. O desenvolvimento de habilidades e pensamento crítico, interpretação de cenários criam uma nova cultura para a área que facilita muito as estratégias e a tomada de decisão a curto e a longo prazo.

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