Matéria Exame: Edu Lyra quer transformar doações em uma grande rede de varejo social

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Novo projeto da Gerando Falcões vai receber doações e revendê-las para pessoas da periferia. Dinheiro será usado em outras ações da ONG

Por Gilson Garrett Jr.

Edu Lyra é daquele tipos de empreendedor inquieto, que começa um projeto e logo quer fazer mais. Mas além disso, ele quer mudar a realidade de milhares de pessoas das favelas brasileiras. Amigo de grandes empresários do país, como o bilionário Jorge Paulo Lemann, há mais de dez anos desenvolve projetos de impacto com a sua ONG Gerando Falcões, que tem o objetivo de melhorar e impulsionar a vida de jovens que vivem nas periferias.

Em sua mais nova empreitada, adiantada com exclusividade por EXAME, ele quer ressignificar a doação no Brasil e criar uma grande rede de varejo de cunho social. A ideia é criar um bazar-escola, recolhendo doações pela Grande São Paulo, revender os itens a preços mais baixos para moradores da periferia e, de quebra, capacitar jovens a entrar no mercado de trabalho no setor de varejo. Focado no conceito de economia circular, o objetivo é que este modelo possa ser replicado por ONGs de todo o país.

“Quero diversificar as receitas da Gerando Falcões, equilibrar a nossa capacidade de gerar filantropia para dar mais musculatura com produtos e receitas. Não posso reclamar das doações, que são grandes. Mas no tempo, me parece muito mais sustentável desta nova forma, para mobilizar doações e gerar negócios”, disse Lyra à EXAME.

E como toda ideia de Edu Lyra, esta também começa grande, tem o aporte de 500 mil reais da XP Investimentos. Conta ainda com o apoio de marcas como Malwee, Reserva, Topper e Tip Top.

O local escolhido para o novo projeto não poderia ser diferente, Poá, cidade da Grande São Paulo, de onde Lyra veio e onde a Gerando Falcões começou. O bazar-escola vai ser montado em uma estrutura de 500 metros quadrados e todo o conceito do espaço foi feito (em forma de doação) pela Triplex Arquitetura. A previsão é de iniciar os trabalhos no dia 26 de novembro.

Caso o modelo funcione, o bazar-escola pode servir de inspiração e ser fonte de renda de outras ONGs espalhadas pelo Brasil. A estruturação do novo negócio conta com o apoio e consultoria das empresas Accenture e Zeta Dados.

“Muitas ONGs não têm capacidade para atrair recursos como eu tenho. Mas podem ter este modelo de negócio. O que nós queremos é que este experimento dê certo e se torne uma grande rede de varejo”, diz.

Acesse a matéria original da Exame clicando aqui.

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