Assim como em qualquer área, a diversidade vem se mostrando como um ponto crucial em team Building para atingir o melhor resultado e, dentro de analytics e data Science, essa regra não é diferente.
Em uma área na qual as vivencias e visões de mundo influenciam diretamente o balanceamento e resultado dos algoritmos e automações, as mulheres ainda representam um pequeno percentual dos profissionais da área.
Segundo uma pesquisa de 2019 da BCG, apenas 15% dos data scients são mulheres[1]. O problema vai desde a proporção de mulheres cursando STEM (cursos de graduação em tecnologia, engenharia e matemática) até a proporção de data scients no mercado de trabalho. As mulheres representam 55% do total de estudantes de graduação, mas nos cursos STEM esse percentual cai para 35%.
Dentro dos profissionais data scients, o percentual cai ainda mais, chegando a meros 15%. Segundo a pesquisa, existem diversos fatores para essa disparidade observada no mercado de trabalho, dos quais citaremos os 3 principais: (1) Trabalho abstrato: estudantes tem a percepção de que carreira em data Science é algo abstrato e que há uma falta de propósito atrelada à carreira (2) Cultura: a percepção é de que a carreira em data Science é muito competitiva e pouca inclusiva e (3) Peso dos fatores na decisão das mulheres: para as mulheres, um trabalho direcionado a um propósito e aplicado tem um peso maior do que para os homens. Além dessas causas indicadas pela pesquisa, a falta de modelos a seguir é outro grande problema: apenas 20% dos fortune Forbes 100 CIOs são mulheres.
Para mudar este cenário, tanto empresas como universidades devem fazer um trabalho de comunicar melhor a realidade desta carreira, desde a cultura colaborativa observada por profissionais da área, passando pelo esclarecimentos sobre a carreira, até a importância e conexão do trabalho com o mundo real.
Até que a realidade seja comunicada com eficácia, a área de analytics perderá oportunidades e qualidade de entrega. Além disso, promover o conhecimento de mulheres atuantes na área é crucial para que jovens data scientists possam espelhar-se e escolher uma carreira em tecnologia e transformação digital.
Indo em linha com as ações necessárias para quebrar esse paradigma, deixamos aqui nosso reconhecimento às nossas profissionais da Zeta e algumas referências de mulheres que estão fazendo a diferença:
Mulheres em Dados na Zeta:
Mulheres em Dados pelo mundo:
Martha Gabriel: Embaixadora no Brasil da Geek Girls LatAm, ONG de fomento de educação tecnológica para garotas, focando na diminuição da inequalidade e no aumento da diversidade nas áreas de STEM.
Renata Marques: CIO LatAM da Natura, ex-CIO da Monsanto Brasil e LatAM.
Auana Mattar: CIO da TIM brasil, fornada em tecnologia e processamento de dados, atua na área desde 1995.
Meta S. Brown: Engenheira Nuclear, autora de Data Mining for Dummies que colocou missão para si mesma divulgar e impulsionar mulheres em Analytics. (Autora do Meta’s Binder Fulla Women in Analytics).
Brenda Dietrich: Lidera a unidade de Data Science da IBM Business Analytics Insights as a Service. Ex-presidente daINFORMS e Vice-presidente da Data Science, IBM.
Suzana Longo
Líder de Projetos na Zeta.
Fontes:
[1] estudo com 9.000 estudantes de STEM (cursos de tecnologia, engenharia e matemática) de 10 países Austrália, Canada, China, França, Alemanha , Índia, Japão, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos: https://www.bcg.com/en-br/publications/2020/what-keeps-women-out-data-science#-0
https://www.forbes.com/sites/metabrown/2016/08/29/meet-9-women-leading-the-pack-in-data-analytics/?sh=6c2c257555dd