O Despreparo Digital e Como Isso Afeta a Competividade de Empresas

post blog 01 06 22

Com uma pesquisa rápida no google, podemos achar as mais variadas soluções de problemas que enfrentamos. Problemas de turn-over? Aqui está uma plataforma. Problemas em converter leads? Aqui está um serviço que vai melhorar sua conversão em 30%. No entanto, a empresa está preparada para fazer uso de todo este aparato tecnológico?

Para o bom uso de toda inovação tecnológica, é necessária uma cultura de transformação primeiro – sair do analógico e ir para o digital, das decisões intuitivas para as soluções data driven. Se sua empresa já nasceu digital, quão bem você mapeia e cuida dos seus processos?

Inquestionável que toda empresa produz muitos dados. São diversos documentos que rodam todos os dias, desde holerites de funcionário, e-mail, documentos do projeto, mensagens de texto no WhatsApp, videochamadas. Mas estes dados são armazenados? Se sim, onde? Quem tem acesso? Estão mapeados? Adequados para o uso analítico?

O mapeamento de dados é um processo e documentação importantíssimo para sabermos o que temos e como podemos usar. Difícil querer fazer um projeto de montar um robô que emparelha na prateleira meus produtos se eu não tenho digitalizado a informação de qual produto vai em cada parte da prateleira.

Antes de mergulhar de cabeça e contratar uma solução cara, é preciso fazer um estudo se esta solução é compatível com seu modelo atual de maturidade digital ou se é preciso dar um passo para trás e se adequar.
Muitos gestores deixam esse preparo de lado e querem ir logo para o produto final, onde se cria um androide nos moldes do filme A.I de Steven Spielberg.

Para a criação de uma inteligência avançada e com qualidade, precisamos alimentá-la também com dados de qualidade, e este processo é difícil, sem fim e que não traz resultados imediatos.

Essa falta de resultados no curto prazo acaba impactando estes tipos de projeto de adequação e digitalização, porque sempre tem aquele sentimento “dá para deixar pra depois” ou “tenho coisas prioritárias agora”. No entanto, ele impede tantas oportunidades que a consequência de médio ou longo prazo é a perda de competitividade no mercado e até mesmo a sucateação do serviço, se tornando tão pouco competitivo que se torna obsoleto.

A decisão de postergar ou não realizar esta transformação digital na empresa pode ser lida como “não quero atualizar minha empresa para novas tecnologias”, ou seja, deixá-la estagnada no aparato tecnológico antigo. Claro, existem acessórios pré-prontos ou atualizados, como melhores ferramentas, programas mais modernos, que auxiliam na sua competitividade, mas nenhum deles será alimentado com a inteligência do SEU negócio se você não der suporte para que eles funcionem da melhor maneira e impactarão partes do seu negócio, não o aparato corporativo como um todo.

Poder replicar e automatizar a inteligência do próprio negócio pode ser mais vantajoso e valoroso do que uma solução pronta, pois se adequa a realidade do negócio e funciona para atingir aquela finalidade específica.
Por isso o tema de governança corporativa e de dados é hoje um tema tão relevante nas organizações: precisamos deste controle de que dados produzimos, como guardamos e como usamos.

Talvez a palavra-chave desta nova era seja velocidade: preciso ter visão de como está meu negócio em tempo real, todo o tempo e rápido. As transformações e impactos estão cada vez mais rápidos, e precisamos desta agilidade para poder “ficar no jogo”. E como vamos conseguir toda essa velocidade sem o uso de novas tecnologias que surgem para serem cada vez mais rápidas e precisas?

Guilherme Bertholdo
CTO na Zeta Dados

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